O sumido Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo,o nosso Geraldo Vandré, um dos mais importantes compositores da MPB, está fazendo hoje 77 anos.
Autor e coautor de sucessos inesquecíveis, como "Aruanda", "Arueira", "Cantiga Brava", "Disparada", "Fica Mal com Deus", "Pequeno Concerto Que Virou Canção", "Porta-Estandarte", "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", "Quem Quiser Encontrar o Amor" e tantos outros, está desde 1968 ausente do meio artístico.
Lançou seu primeiro LP em 1964, mas explodiu para todo o Brasil em 1966, quando venceu o I Festival da TV Record, com a música "Disparada", em parceria com Théo de Barros, interpretada por Jair Rodriques, ao lado de "A Banda", de Chico Buarque. Nesse mesmo ano, venceu o II Festival da TV Excelsior, com a música "Porta-Estandarte", em parceria com Fernando Lona.
Mas foi em 1968, no III Festival Internacional da Canção da TV Globo, que a coisa "ferveu". No período mais duro do regime militar, sua música "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", interpretada por ele mesmo, com um simples violão, tornou-se um hino de resistência do movimento civil e estudantil contra a ditadura. O público a "elegeu" como a vencedora do festival. No entanto, ficou em segundo lugar, pois os jurados preferiram "Sabiá", de Chico Buarque e Tom Jobim, que recebeu uma enorme vaia.
De lá para cá, Vandré praticamente abandonou a carreira artística.
Abaixo, um vídeo com "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores". Porque quem sabe faz a hora, não espera acontecer.