Hoje, Elizeth Cardoso, uma das melhores intérpretes de nossa música popular, faria 90 anos. Lançou mais de 40 LPs no Brasil e vários outros no Exterior. Seu apelido, "A Divina", foi dado por Haroldo Costa.
Um dos momentos marcantes de sua carreira foi em 1958, quando lançou o histórico disco "Canção do Amor Demais", com músicas dos então jovens Tom Jobim e Vinícius de Moraes, dando início à bossa nova, e quando se ouviu pela primeira vez a batida inovadora de violão de João Gilberto.
Na segunda metade da década de 60, enquanto Elis Regina apresentava, na TV Record, "O Fino da Bossa", ela apresentava "Bossaudade", com nossos compositores mais antigos. Seu ápice foi em 1968, quando participou de um espetáculo no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, ao lado de Jacob do Bandolim e Zimbo Trio.
No vídeo-clipe abaixo, um momento inesquecível: apesar das imagens simples, Elizeth canta, ao vivo, "Barracão de Zinco", de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, acompanhada pelo extraordinário Jacob do Bandolim, tocando de forma primorosa. Ouçam, no final, o público cantando junto, de maneira emocionante.
Talvez os mais jovens nunca tenham ouvido falar de Elizeth, nem de Jacob e muito menos de "Barracão de Zinco". Mas está tudo certo. Tudo certo como dois e dois são zinco.